segunda-feira, 11 de abril de 2011

"Minha filha quer óculos Chanel"

Matéria publicada  no dia 3 de abril no site do Estadão, com o título Fashion Kids reúne 'socialitezinhas'. O jornalista Paulo Sampaio, do Estado de São Paulo, conversou com três mães e uma tia de meninas - entre cinco e nove anos - às quais ele chamou de "elitizada platéia". O trecho seguinte é o que mais me chamou a atenção:

Estadão:Vocês acham que as meninas sabem discernir as grifes?
Todas: As infantis, sim.
Mãe A: A minha filha quer óculos Chanel, Prada. A gente gosta de coisa boa, eles aprendem.

Clique aqui  para ler a entrevista na íntegra. Por favor, reflitam.

Editorial polêmico de Tom Ford com crianças vestidas como adultas
para a Vogue Francesa (Reprodução)

(A dica da matéria foi da @alegarattoni, via twitter)

terça-feira, 5 de abril de 2011

E quem disse que beleza não põe mesa?

Gente bonita é mais feliz e bem sucedida que gente feia. Pelo menos, é o que afirmam os economistas Daniel Hamermesh e Abrevaya Jason, da Universidade do Texas em Austin, em um artigo publicado online pelo Instituto Alemão para o Estudo do Trabalho (IZA).

Segundo os pesquisadores, isso acontece, em muitos casos, porque pessoas bonitas ficam geralmente com os melhores empregos e se casam com pessoas de sucesso – assunto abordado Por Hamermesh em uma pesquisa anterior, que virou o livro ainda inédito “Beauty Pays: Why Attractive People are More Successful”. Esse efeito da beleza na noção de felicidade, segundo ele, se dá através do seu impacto nos resultados econômicos. E mais: isso vale para homens e mulheres de diferentes culturas, apesar de afetar mais a nós, mulheres.

Para o estudo, foram analisados os dados de cinco pesquisas sobre nível de felicidade, realizadas por cientistas sociais nos EUA, Canadá, Alemanha e Grã-Bretanha, das quais participaram mais de 25 mil pessoas. O entrevistador da atividade avaliava também o grau de "boniteza" do participante. As pessoas melhor avaliadas pela aparência (15%) são 10% mais felizes que as pessoas menos atraentes (10%), segundo a pesquisa.

Gisele wannabe.
O estudo sugere que os benefícios econômicos são responsáveis por pelo menos metade da felicidade adicional relatada por pessoas mais bonitas. A apresentação desses resultados vai de encontro a alguns líderes políticos e economistas, que defendem a medida da felicidade nacional com base na produtividade econômica de seu país. Os autores do estudo, no entanto, acreditam que isso não pode ser uma medida de valor.

Para os economistas, a pesquisa serve para mostrar que, “enquanto existem boas razões para evitar a comparação do produto interno bruto com o bem-estar subjetivo, essa discussão mostra a importância desse determinante essencialmente imutável de felicidade (a beleza), e sugere que o foco na criação de uma sociedade feliz pode não ser frutífero”.

Confesso que achei o texto da Futurity em que me baseei para este post meio confuso. Quem quiser ler o original, é só clicar aqui. Mas resolvi dividi-lo com vocês porque ele me fez refletir sobre o que é esse conceito de beleza. Todo mundo concorda que, apesar de termos sim um padrão de beleza, a noção de bonito ou feio é bem individual. Lembro que na época de Titanic, as meninas babavam pelo Leo di Caprio. Eu nunca fui muito fã dele, sempre preferi o Brad. Haha.

Procura-se sósia do Brad Pitt para envolvimento romântico (do Brad de 18 aos 35, ok?)

Bem, o que quero dizer é o seguinte: concordo com os pesquisadores, quando eles dizem que não dá para medir a felicidade apenas por índices econômicos, porque tem muito mais coisa por trás do conceito de felicidade de uma pessoa – a beleza, ou ser satisfeito com a própria aparência, por exemplo. Mas ao mesmo tempo, dizer que pessoas bonitas são mais felizes é forçar a barra. Ok, estar naturalmente incluída num grupo tão seleto deixaria muita gente feliz ( ou convencida). Mas na “vida real” também entram outros fatores, como o conceito de beleza intrínseco ao meio social, a noção de beleza individual, os gostos, a cultura, a auto-estima... 

Brad charmosão - mesmo com ruguinhas, barba desgrenhada e chapéu esquisito.

Sem contar que sempre vai ter quem defenda que a questão é outra: não existe gente feia...Mas existe gente sem botox, rinoplastia, lipoescultura, silicone, megahair, maquiagem, photoshop...

Releitura da personagem Bela por Dina Goldstein
Para a fotógrafa, Bela estaria assim aos 50 anos.